mapa de pressão

Nesta semana chega um ciclone extratropical no sul do Brasil, primeiros dados disponíveis? Intensidade dos ventos?

Estou escrevendo este artigo no dia 21 de outubro de 2024 as 22h30min de uma segunda feira quente no sul catarinense. A semana inicia com a perspectiva de formação de um ciclone extratropical, com uma característica mais intensa do que o outro que passou na semana passada. O centro de baixa pressão será com uma pressão muito baixa com grande potencial de formação de ventos. A sua trajetória também será mais perto da costa gerando transtornos, principalmente no Uruguay e Argentina e no sul do RS. Aqui em Santa Catarina os ventos ficam localizados no nosso litoral sul e também em cima da serra.

Condições da noite de segunda no sul do Brasil

Primeiramente vamos identificar os dados e o por quê da chegada de um ciclone extratropical ao sul do Brasil, qual o motivo desta formação aqui nos estados do RS e SC e com implicações na Argentina e Uruguay.

Condições na cidade de Criciúma as 22h 40min segundo estação da SATC, segunda feira.

Temperatura: 24,3 °C (mínima: 16,9 °C e máxima: 32,4 °C)

umidade relativa: 82,5 %

pressão atmosférica: 1015,4 hPa

Vento nordeste com 6,4 km/h

sem chuva

A temperatura está elevada para o horário, vento quente vindo do norte e nordeste trazendo esta sensação de calor nesta noite de segunda feira. A pressão está acima de 1013 hPa, isto relativo a alta pressão no Atlântico que está formando este vento de nordeste aqui na região sul catarinense, a simulação abaixo desta noite mostra os ventos:

A imagem mostra um centro de alta pressão no oceano Atlântico, relativamente longe da costa com pressão de 1025 hPa no “H” no mapa. Este sistema é chamado de Anti ciclone e aqui no hemisfério sul os ventos giram no sentido anti horário, por isso a volta gera ventos de nordeste aqui na região, quanto mais a cor fica laranja ou vermelha, maior a intensidade dos ventos. A região de Laguna está, neste momento, com ventos mais intensos. Ressalto que este sistema não é o ciclone que se formará mais adiante, na quarta feira no sul do RS.

O sul do Brasil está localizado em um clima subtropical, estamos a mercê de massas de ar quente do norte e massas de ar frio do sul, este contraste de temperaturas é a força motriz para a formação dos ciclones, o mapa de temperaturas desta terça feira mostra esta diferença nas temperaturas

A coloração laranja e vermelha são as altas temperaturas e a coloração verde temperaturas mais amenas. Na altura do Paraguay o mapa mostra uma baixa pressão de 1010 hPa, no noroeste da Argentina. Nesta região ocorre a formação destes sistemas que posteriormente migram para o nosso oceano, se aprofundando e se intensificando na costa do nosso oceano.

Simulação do ciclone e possíveis ventos no sul do Brasil

O centro de baixa pressão que ficou estacionado no noroeste da Argentina, se desloca rapidamente para o Uruguay na quinta feira as 7h da manhã os ventos já se intensificam ao redor deste centro de 995 hPa.

Estas baixas pressões estão também associadas a temporais, chuvas torrenciais em pontos específicos, primeiramente o vento de 60 a 70km/h de rajadas se intensifica na parte Oeste e noroeste do RS e também na serra Catarinense. Nesta região o ciclone suga o vento direto do norte, bem quente. A quinta feira amanhece muito quente já aqui no sul Catarinense.

Durante a quinta feira o ciclone se movimenta para o alto mar e os ventos vão mudando, chegando de sudoeste na costa, se intensificando. conforme simulação a seguir

Aqui no litoral sul catarinense os ventos chegam a 70 ou 80 km/h de rajadas na sexta feira, principalmente em Laguna. Antes disso o sul do RS e a lagoa dos patos já teve ventos intensos pela passagem do ciclone. A partir de sexta feira de noite o ciclone vai indo embora e os ventos aos poucos vão parando no sábado.

O dia mais instável no sul do Brasil, com chuva mais generalizada é a quinta feira, aqui em Criciúma temperaturas sobem e chove depois do meio dia, com redução da temperatura.

Mar agitado sexta em diante

Estes ciclones agitam o mar e podemos ter ressaca na sexta feira no litoral sul catarinense, bem comum de acontecer com este tipo de sistema de baixa pressão por aqui.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *